O empresário de jogadores de futebol e alegado colocador de "fruta" nos quartos de hotel ocupados por árbitros de futebol, António Araújo, ameaçou hoje um clube de que retiraria do emblema em causa os cinco futebolistas que lá jogam e que são representados pelo empresário, caso a agremiação não pague o que deve até Dezembro.
Araújo, também conhecido por "Pata Larga", devido à sua descomunal corpulência (o escriba desconhece, e sente-se bem na ignoância, se a genitália do homem é proporcional ao corpo ou se se trata de mais um caso de "homem grande, piça pequena, homem pequeno, piça grande), fez a ameaça em conversa telefónica, ao início da tarde de hoje. Saindo do restaurante "Abê", em Ermesinde, "Pata Larga" berrava ameaças para o interlocutor telefónico, permitindo que o repórter Chinaski, casualmente a passar na rua, ouvisse a conversa sem quaisquer dificuldades.
«Para já não ponho nada. Lá para Dezembro falamos. O que te posso dizer é que tenho jogadores, profissionais de primeiro ano - da qualidade não falo, porque ficava-me mal -, que em Dezembro vão ser colocados. Mas também te digo uma coisa: ou regularizas o que tens a regularizar comigo ou em Dezembro não há nada para ninguém. Tens lá cinco atletas e se não pagas o que deves em Dezembro ficas sem eles. Isto assim não pode ser, isto é ordinário, é malabarismo, é tudo. Se não podes, fazes como o Campomaiorense e o Santa Clara: fechas o clube», barafustou Araújo.
"Pata Larga" é conhecido pelos negócios milionários que tem feito com jogadores do FC Porto. Também é publica a ligação de António Araújo ao dirigente portista Reinaldo Teles, sendo ambos sócios em empresas de construção civil com interesses no concelho de Valongo. No entanto, o momento de maior notoriedade pública de "Pata Larga" ocorreu, há meses atrás, quando foi constituído arguido no processo "Apito Dourado". A acusação indicia que Araújo, além de empresário de futebol, é também intermediário de negócios envolvendo fruta exótica brasileira, daquela que tem duas pernas que se abrem com facilidade, bocas marotas e Conas que se humedecem perante a apresentação de notas. Alega o Ministério Público que seria Araújo o interceptado numa conversa telefónica que perguntava a determinado árbitro que tipo de "fruta" desejava para aquela noite.
Nesse emvolvimento de "Pata Larga" no "Apito Dourado" há um aspecto curioso: a juíza Ana Cláudia Nogueira aplicou-lhe como medida de coacção - entretanto já removida - a proibição de contactos com prostitutas e a interdição de frequentar casas de putas e de alterne. Essa medida de coação fez-me pensar no que seria de Pinto da Costa se a mesma medida lhe tivesse sido aplicada: quem mudaria de casa, o dinossáurico dirigente portista ou a sua jovem acompanhante, perdão, companheira?